Etec Carlos de Campos:
R. Monsenhor Andrade, 798 – Brás
CEP 03009-000 – São Paulo/SP
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Histórico da Escola Técnica Estadual Carlos de Campos:
Criada em 28 de Setembro de 1911, a Escola Profissional Feminina Carlos de Campos, foi copiada nos moldes das escolas profissionais da Argentina, e tinha como objetivo ministrar a aprendizagem de artes e ofícios, puericultura e prendas manuais a mulheres provenientes das classes operárias. Eram ministrados os seguintes cursos: a) desenho; b) datilografia; c) corte e feitio de vestidos e roupas para senhoras e crianças; d) corte e feitio de roupas brancas; e) bordados e rendas; f) fabrico de flores e ornamentação de chapéus; g) arte culinária em todos os seus ramos e de economia doméstica.
Foi escolhido, este antigo prédio no Brás, onde se localizava um Colégio Particular Azevedo Soares em virtude desta região ser formada por imigrantes vindos da Europa, com idéias anarquistas, combatidas pelo governo da época. Portanto, preparar a mulher, significava atuar junto com as verdadeiras responsáveis pela família, pela sua formação, educação e alimentação. Por este motivo, optou-se além das artes e ofícios, pela economia doméstica e puericultura obrigatória para todas as profissões.
Falar sobre a Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, significa traçar todo um histórico da educação profissional no Estado de São Paulo, principalmente a feminina e contar toda a história de centenas, milhares de mulheres que por aqui passaram e se formaram, e também rever a história da sociedade paulista do início do século.
A educação voltada para a mulher, que tinha centrado a formação da mulher, dona de casa e mãe de família, no início da década de 20, deixou de interessar as alunas que aqui ingressavam. As moças de camadas populares preferiam buscar habilitações como corte e confecção, rendas e bordados, roupas brancas, chapéus e flores que além de garantir habilitação, garantiam também, uma remuneração. Pois, nesta época estávamos entrando num processo de industrialização e o papel da mulher na sociedade começava a se modificar.
O Decreto que autorizou o funcionamento da escola previa que, a escola poderia encarregar-se de trabalhos particulares, desde que não prejudicasse o funcionamento das oficinas, tornando a escola-oficina.
Sob essa argumentação de propiciar a parte prática a essas moças, a escola aceitava encomendas de fora, de firmas e particulares. Ficaram famosos os enxovais preparados pelas alunas, para noivas e bebês de famílias abastadas, assim como, os vestidos confeccionados, acompanhando, geralmente, a moda parisiense da época.
A escola por muitas décadas teve como forte predominância a confecção e moda, nas suas feiras anuais esse fato tornava-se marcante, onde eram realizados desfiles de modas e exposições dos trabalhos realizados. Tais eventos, considerados tradicionais na época, tinham a presença de autoridades e personalidades da sociedade paulista, sendo que em 1929 fez parte do programa de visitas da 3ªConferência Nacional de Educação.
Além do destaque que a escola teve pelos trabalhos realizados relativos a confecção, bordados, chapéus e flores, destacou-se também pelo ensino de puericultura.
O Dispensário criado em 1931 e que funcionou até a década de 1950, atendiam crianças da própria comunidade, possuía um médico pediatra e duas educadoras sanitárias, cabendo as alunas, o cadastro das crianças, pesagem e atendimento anterior o da consulta médica. O Dispensário de Puericultura serviu de parâmetro para criação pelo Governo de outro dispensário semelhante, porém com estrutura bem mais barata e simplificada, na Escola Profissional Feminina de Mococa, que teve a coordenação uma professora da Escola Profissional Feminina de São Paulo , Antonia Ramos. O Dispensário, contava com um Lactário, tinha como objetivo instruir alunas e mães quanto a maneira correta de preparar os alimentos de criança, contribuindo com a luta contra a mortalidade infantil.
Foi instituído a parir de 1934 pela Escola Profissional Feminina o “Concurso de Robustez Infantil”, que teve ampla divulgação pela imprensa da época: Folha da Manhã, Correio Paulistano, A Gazeta e O Estado de São Paulo, além de ser prestigiado pelo Governo, por agentes do Serviço Sanitário, Cruzada Pró-Infância, pela elite paulistana, pois canalizava a atenção de todos aqueles interessados na eugenização da sociedade.
Portanto, podemos perceber que a Escola Profissional Feminina, atual Escola Técnica Carlos de Campos, foi foco das atenções de toda uma sociedade da época, principalmente, quando teve como diretor Horácio Augusto da Silveira. Educadores, intelectuais da época e até mesmo a imprensa, tinham seu olhar voltada para esta escola, localizada no bairro do Brás.
A escola possui um acervo fotográfico, de materiais, equipamentos e mobiliários da época, que vem sendo catalogado na Sala da Memória, criada a partir do Projeto de Historiografia.
CURSOS OFERECIDOS:
ENSINO MÉDIO INTEGRADO:
· COMUNICAÇÃO VISUAL
· DESIGN DE INTERIORES
· EDIFICAÇÕES
· NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
·
ENSINO TÉCNICO:
· COMUNICAÇÃO VISUAL
· COZINHA
· DESIGN DE INTERIORES
· EDIFICAÇÕES
· ENFERMAGEM
· MODELAGEM DO VESTUÁRIO
· NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
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